A Espiritualidade em Memphis-Misraim.
A Espiritualidade pode ser definida como a propensão do Homem enquanto Ser em atribuir um determinado significado para a Vida através de concepções que estão muito para lá do tangível, na demanda dum sentido de ligação com algo maior que o próprio Homem. Contudo, a Espiritualidade é antes de mais algo intrínseco ao próprio Homem, desde que este tomou consciência de si e do que o rodeia, levando-o a questionar-se sobre o seu papel no mundo e para além dele, tentando encontrar respostas para o que considera estar para além da sua compreensão. Todavia, a Espiritualidade pode também ser o modo do Homem se afirmar como Ser único, ungido pelo Divino, ligando-o ao Criador.
Seja como for, a Espiritualidade é algo singular e próprio de cada indivíduo, fazendo assim que a experiência e a vivência espiritual varie de pessoa para pessoa. Sendo vivida e sentida de modo individual está contudo, muitas vezes ligada a confissões religiosas e deste modo ajustada à visão particular de cada uma dessas confissões, que procuram traduzir elas mesmas essa Espiritualidade como o modo de viver do crente que busca alcançar a plenitude da sua relação com o transcendental.
Alguns filósofos e pensadores, tais como Georg Simmel, Karl Marx ou mais contemporaneamente Luc Ferry e Sam Harris apresentam a possibilidade da Espiritualidade ser vivenciada sem a necessidade de religião ou mesmo de Deus.
Sua Santidade o Dalai Lama, no seu livro “A Arte da Felicidade – Um manual para a vida” refere que a Espiritualidade do indivíduo pode estar ligada a uma religião, seja ela qual for, devendo apenas este entender que a religião que escolher como sendo a mais conveniente para si pode não ser objectivamente a que deve ser escolhida por outros, pois na verdade as religiões devem apenas servir como veículos que conduzem o indivíduo a nutrir o seu e Espírito.
No Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim a Espiritualidade é antes de mais um veículo para o Homem se religar ao G:.A:.D:.U:., não obstante do modo como vivencia essa mesma Espiritualidade, uma vez que o respeito pela individualidade de cada um permite que todos partilhem essa vivencia e os frutos dessa mesma Espiritualidade, que se descobre lentamente através dos rituais e no próprio rito.
V.´.